Mais de mil militantes socialistas e de outras legendas de esquerda compareceram à plenária do PSB, no último sábado (17), que lançou uma campanha popular para cortar o orçamento da Assembleia Legislativa do Amapá pela metade. Segundo o presidente regional do PSB, senador João Capiberibe, o dinheiro que sobra na Alap deve ser canalizado à construção de hospitais e outras obras fundamentais para melhorar a vida da população amapaense.
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Com a participação de lideranças do PT, PCdoB, Rede e Psol, o Partido Socialista Brasileiro (PSB) realizou neste sábado, 17, uma plenária partidária aberta à população para lançar uma campanha de rua que tem como objetivo baixar o orçamento da Assembleia Legislativa do Estado ainda neste ano.
Inicialmente foram exibidas as matérias jornalísticas sobre o caso Marba. E foi lida uma nota do partido sobre o episódio.
Segundo o presidente regional do PSB, senador João Capiberibe, o dinheiro que sobra na Alap, cuja prestação de contas dos deputados foi investigada pelo Ministério Público do Estado (MPE), que encontrou várias ilegalidades e que ganhou a mídia nacional através de uma reportagem do Fantástico, deve ser canalizado à construção de hospitais e outras obras fundamentais para melhorar a vida da população amapaense.
Capiberibe disse ainda que é necessária uma mobilização de toda a sociedade para vencer a bandidagem no Estado. Fez duras críticas a alguns veículos de comunicação que dariam voz a bandido em detrimento de autoridades legitimamente eleitas pelo povo. O senador estava se referindo à cobertura dada pela imprensa à coletiva do empresário Luciano Marba, acusado de ser o chefe de uma organização criminosa, e ao esvaziamento da entrevista do senador Randolfe Rodrigues marcada para o mesmo horário.
Todos os representantes partidários se pronunciaram a favor da redução do orçamento da Assembleia e da união da esquerda nessa causa, que, segundo eles, diz respeito a toda a sociedade amapaense.
O representante do Psol, Waldir Ribeiro, destacou que “essa turma que ataca o Governo do Estado é a mesma que tenta atrapalhar a Prefeitura de Macapá”.
Defendendo a primeira-dama do Estado, Cláudia Camargo Capiberibe, o senador socialista disse que esse recurso vil, de tentar vincular uma autoridade do governo a um ilícito praticado por bandidos, já teria sido usado contra ele e, na Justiça, ele provou que tudo não passava de uma armação dos criminosos.
Cláudia falou que ela virou alvo da organização criminosa porque é a pessoa mais próxima do governador do Estado. Disse que tem como prática o distanciamento dessas rotinas administrativas ligadas à contratação de serviços. Cláudia foi enfática em afirmar que jamais atendeu qualquer empresário que tenha contratos ou que esteja participando de processos licitatórios coma a secretaria sob a sua responsabilidade.
A esposa do governador afirmou que tem como referência de primeira-dama a deputada Janete Capiberibe e foi contundente: “Minha escola de primeira-dama é a da deputada Janete Capiberibe, se em outro momento a figura da primeira-dama foi motivo de vergonha ao povo do Amapá, isso não ocorrerá comigo”, argumentou. Para um bom entendedor, meia palavra basta.
A primeira-dama disse ainda que a oposição não entende a forma de fazer política do PSB. “Aqui ninguém é empresário, muito menos dono de empresa de comunicação. Lutamos pelo interesse coletivo”, disparou.
Na fala de Camilo Capiberibe, ele revelou detalhes da operação posta em movimento pela organização criminosa que fraudava licitações no Amapá.
Segundo o governador, após a vinda da equipe de reportagem do Fantástico ao Estado, os criminosos teriam produzido a tal carta caluniosa assinada pelo ex-servidor Bruno envolvendo a primeira-dama no episódio e enviaram-na ao programa dominical da Globo. Com a repercussão nacional do “escândalo”, eles chamariam uma coletiva de imprensa e começariam uma campanha pelo impeachment do governador Camilo. Tudo daria certo se a produção do Fantástico não tivesse percebido que a carta, na verdade, se tratava de um estratagema dos criminosos para angariar vantagens políticas. E foi aí que a casa caiu.
Camilo analisou essa armação criminosa como um indicador do medo da oposição em enfrentá-lo nas urnas nas eleições que se aproximam. Ele ainda defendeu a redução do orçamento da Alap e a destinação desses recursos em obras e serviços que melhorem a vida da população. Finalmente, parabenizou todos os partidos de esquerda que já se uniram a essa causa.
A coleta de assinaturas para os projetos de lei necessários à redução do orçamento da Alap começou no próprio evento, e continuará na sede dos partidos que participaram do encontro e em outros locais que ainda serão divulgados.