O Ofício 245/2012, enviado pelos senadores João Capiberibe (PSB/AP) e Randolfe Rodrigues (PSOL/AP), denunciando os desvios de recursos públicos que se repetiram por anos no Poder Executivo do Estado do Amapá, começam a ter repercussão no Judiciário.
O documento foi enviado em meados de novembro para todos os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Superior Tribunal de Justiça (STJ), Procuradoria-Geral da República (PGR), Tribunal Regional Federal (TRF – 1ª Região), Controladoria Geral da União (CGU), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Presidência da República, órgãos de Imprensa e Bancada Federal do Amapá.
A desembargadora do TRF da 1ª Região, Mônica Sifuentes, encaminhou cópia do documento ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, mencionando que os fatos contidos no Ofício “estão a merecer uma cuidadosa atenção por parte do MPF”. Gurgel, por sua vez, encaminhou as informações ao procurador-chefe da Procuradoria da República no Estado do Amapá, Antonio Carlos Marques Cardoso, para as devidas providências.
A ex-corregedora do Conselho Nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, também enviou correspondência ao senador Capiberibe, ressaltando que as denúncias já eram de seu conhecimento e destacou:
– À frente da Corregedoria, fiz o que pude para melhorar o Estado. Lamentavelmente, pouco consegui – disse a ministra.
A luta contra a corrupção tem sido um dos marcos no mandato do senador Capiberibe. Ele tem buscado incansavelmente trazer à luz fatos que ocorrem nos rincões mais distantes do Brasil, longe da atenção da mídia nacional e das autoridades.
– Fico feliz ao saber que o ofício enviado por mim e pelo senador Randolfe esteja despertando a perspectiva de novas investigações sobre a corrupção no Amapá. Recebo estes desdobramentos com muita satisfação – comemorou.
Aline Guedes