“Agora nós temos recursos humanos, precisamos nos dar as mãos”, incentiva Capi
Macapá, 04/09/2020 – “Nós temos que mobilizar o conjunto da sociedade de Macapá para dar um passo adiante, fazer uma coisa grandiosa por nossa cidade, usar o respeito, a experiência para melhorar a vida coletiva. É isso que me motiva, que me dá energia”.Esta é uma das afirmações do pré-candidato à prefeitura de Macapá pelo PSB, Cidadão João Alberto Capiberibe, em live realizada na sua fan Page, nesta quinta, 03, para conversar sobre a construção do programa de governo do PSB para a saúde pública da capital.
A pediatra e professora do Curso de Medicina da UNIFAP, professora Dra. Maribel Smith compartilhou a tela com Capi para apresentar e debater o diagnóstico da saúde pública da capital e o estudo elaborado por 20 voluntários profissionais da área para compor o programa de governo do PSB à prefeitura.
Desafio – O pré-candidato do PSB afirmou que a situação da saúde pública de Macapá é um “enorme desafio” para ser resolvido com experiência, transparência e aproximação do cidadão da administração pública com o uso das modernas ferramentas de tecnologia, como a Gestão Compartilhada. Capi lembrou que a Prefeitura de Macapá tinha disponíveis R$ 155 milhões em emendas, em 2019, mas só conseguiu iniciar a execução R$ de 30 milhões. “Vou bater à porta da UNIFAP, da UEAP, do IFAP. Agora nós temos recursos humanos, nós temos que nos dar as mãos. Vamos procurar os estudantes, os acadêmicos, os especialistas para formular projetos. Não é preciso sair buscando em São Paulo ou na Alemanha, como tive que fazer quando era governador”.
Propostas – Entre as propostas dos socialistas estão a informatização de toda a rede de saúde municipal é apontada como uma realidade numa gestão do PSB na Prefeitura de Macapá. Isso permitirá, por exemplo, que os prontuários dos pacientes sejam todos eletrônicos e acessados de qualquer unidade de saúde onde for atendido. Também dará transparência a toda a execução orçamentária e uso de recursos e medicamentos. Com a tecnologia, otimizar o tempo dos profissionais para o atendimento da população e dotar as equipes de saúde da família com todos os instrumentos necessários, como tablets/wi-fi, jalecos e identificação, aparelhos para medição de glicemia e pressão arterial; implantação de um Centro de Diagnóstico Laboratorial e por imagem; uso do prédio do Hospital da Zona Norte para atividades da saúde, entre outras.
Recursos Humanos – Assegurar o autocuidado e o empoderamento do profissional da saúde; aproximar população das unidades de saúde, assegurando-lhes voz ativa, parceria e não apenas como paciente para receber atendimento; tornar a população multiplicadora de informações de saúde; criar centro de referência da saúde da criança e da mulher são propostas já em debate no programa do pré-candidato João Capiberibe.
Saúde na UTI – O diagnóstico levantado pela equipe coordenada pela professora Maribel apontou dados preocupantes, como a crescente mortalidade infantil, em taxa superior à média nacional e entre as 3 piores do País – 21 crianças até 1 ano de idade a cada 1000 nascidos vivos. “Isso é inaceitável, como o número de crianças fora da escola”, protestou Capi.
Na atenção à saúde primária, verifica-se que a população cresceu 26%, mas a cobertura da Estratégia da Saúde da Família caiu 14% entre 2010 e 2019 (apenas 44% da população está coberta).
Constatou-se ainda que 63% das mulheres que engravidam não conseguem fazer um pré-natal adequado; não são realizados os testes de orelhinha em recém-nascidos, que pode prevenir a surdez, apesar de haver fonoaudiólogos na Secretaria de Saúde; a assistência farmacêutica é deficitária e só distribui alguns insumos (sondas e bolsas de ostomia e coletora de urina), por demanda judicial; Prefeitura não aderiu ao programa “Saúde na Hora”, para que as unidades funcionem em horários noturno e almoço, diminuindo filas; pacientes não tem acesso aos remédios controlados pela saúde pública, interrompendo o tratamento; avaliação do Programa Saúde na Escola pelo Ministério da Saúde é ruim /regular; população adoecendo por causas evitáveis, já que não há ação preventiva, diagnóstico, tratamento; população é afastada da organização e das decisões dos serviços de saúde; baixa solução das necessidades dos pacientes; baixo acesso a exames de rotina e demora para os resultados e consultas de retorno.
Na avaliação das condições dos serviços, o grupo constata a informatização precária; os protocolos não institucionalizados; perda de informações dos pacientes, já que os prontuários ao são informatizados; não há serviço de radiografia na saúde municipal; acesso à ultrassonografia é difícil; falha na oferta de EPIs (equipamentos de proteção individual) aos servidores; equipes de saúde que vão à rua não têm aparelhos para medir os sinais vitais; não há programa de saúde mental aos profissionais de saúde.