Vidro traseiro do carro do governador Camilo Capiberibe foi destruído
Cerca de 60 pessoas empreenderam na noite de terça-feira (14/10) uma verdadeira perseguição ao governador e candidato à reeleição Camilo Capiberibe. Os supostos manifestantes, que se intitulavam vigilantes da empresa de segurança L.M.S, num ato de vandalismo, quebraram o vidro traseiro do automóvel que conduzia o governador. Um dos agressores, Jaime do Carmo Fragoso, foi preso e conduzido ao CIOSP do Pacoval.
O jornal O Globo deu matéria nesta quarta-feira (15/10) sobre o ataque. Confira em: http://glo.bo/1DbZlhx
O grupo possuía uma grande estrutura, que contava com dois ônibus, carro de apoio e até mesmo lanche para os “manifestantes”. Por volta das 19h eles estiveram em frente ao estúdio da TV Globo local, a TV Amapá, e chegaram a obstruir a entrada na tentativa de impedir o governador de conceder entrevista. Depois seguiram para a Diocese de Macapá, onde o governador participou de uma sabatina. Foi na saída da Diocese que houve a tentativa de agressão. O motivo alegado pelos vândalos não procede, já que segundo nota expedida pelo sindicato dos vigilantes não existe atraso de pagamento, pois “o pagamento referente ao mês de agosto será depositado em juízo para garantir os direitos dos trabalhadores, já que a empresa empregadora não tem mais vinculo contratual com o Estado”.
A empresa em questão perdeu licitação para vigilância das escolas estaduais e foi desligada em agosto do corrente ano, mas desafia o poder público e insiste em manter-se como se ainda estivesse prestando serviços para o governo, mesmo com a homologação da contratação de outras empresas. O controverso proprietário da empresa, Luciano Marba, é suspeito de pagar suborno a funcionários públicos, ele foi preso em dezembro de 2013 acusado de homicídio e teve prisão preventiva decretada, acusado de corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro. Pelas redes sociais Camilo Capiberibe fez o seguinte desabafo:
“Amigos, hoje (14) a democracia foi duramente atacada. Eu na condição de governador, no exercício do mandato e de candidato à reeleição, fui cercado nos estúdios da TV Amapá, afiliada da Rede Globo de Televisão, onde concedi entrevista, por uma milícia que tentou impedir o meu direito de candidato de participar daquela sabatina. De lá segui para o Centro Diocesano onde participei de diálogo com a comunidade católica. Na saída fui agredido com violência e o carro no qual eu estava teve o seu vidro traseiro estourado. Tanto nos estúdios da TV Amapá quanto no centro diocesano não eram vigilantes fazendo uma reivindicação legítima, como tentaram parecer, mas grupos milicianos ferindo a democracia, tentando me coagir e me agredir fisicamente. Eles tinham dois ônibus, lanche e um carro de apoio e fizeram ameaças abertamente. Nunca imaginei passar pelo que passei hoje à noite. Um dos agressores foi preso. Estou registrando boletim de ocorrência, comunicando o presidente do TRE, o superintendente da Polícia Federal e o Ministro da Justiça. Não vou aceitar pressões, chantagens nem coações. O objetivo deste grupo é tentar inviabilizar meu direito constitucional de disputar as eleições. Não vão conseguir.”
Camilo está enfrentando o candidato Waldez Góes, que foi preso em 2010, acusado de diversos crimes contra o patrimônio público. O grupo, que chegou a quebrar o vidro do carro em que estava o governador, esteve em frente à TV Globo local, a TV Amapá, tentando impedir o governador de conceder entrevista, em seguida, seguiram em um ônibus para a Diocese de Macapá, onde o governador participou de uma sabatina. A eleição de Camilo Capiberibe no Amapá em 2010 representou o final do governo do grupo ligado ao senador Sarney no Amapá, conhecido como harmonia, cuja base era o conluio entre os poderes para garantir a impunidade da corrupção no Estado. Waldez tem o apoio de Sarney, que perdeu as eleições no seu estado, o Maranhão e agora quer tomar de volta o poder no Amapá.