A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados aprovou requerimento da deputada Janete Capiberibe (PSB/AP) para realizar sessão de homenagem ao nascimento do político brasileiro, líder do PCB e da ALN – Ação Libertadora Nacional – Carlos Marighella.
Nascido em Salvador, Bahia, em 5 de dezembro de 1911, foi considerado inimigo número 1 da ditadura militar, pela qual foi duramente perseguido e assassinado em 1969. A sessão de homenagem ainda não tem data para ser realizada. Ano passado, a deputada Janete e o senador João Capiberibe participaram, na Bahia, das homenagens ao centenário do líder comunista.
Biografia – Inicialmente filiado ao Partido Comunista do Brasil – PCB, Carlos Marighella foi um dos principais organizadores da luta armada contra a ditadura militar. Também era poeta e, por causa de um poema criticando o interventor Juracy Magalhães, foi preso pela primeira vez.
Foi novamente preso em 1º de maio de 1936 e torturado pela polícia de Filinto Müller por criticar o governo de Getúlio Vargas. Fica um ano preso. Solto, entra para a clandestinidade. Sempre combatendo as ditaduras brasileiras, em 1939 é preso novamente e fica encarcerado até 1945. Foi eleito Deputado Federal Constituinte em 1946 pelo PCB baiano.
Em maio de 1964, após o golpe militar, é baleado e preso por agentes do Departamento de Ordem Política e Social – DOPS dentro de um cinema, no Rio de Janeiro. Em 1965 foi libertado por decisão judicial. No ano seguinte opta pela luta armada contra a ditadura, escrevendo ‘A Crise Brasileira’. Em agosto de 1967, participa da I Conferência da Organização Latino-Americana de Solidariedade, em Havana, Cuba, a despeito da orientação contrária do PCB.
Ainda em Havana, escreve ‘Algumas questões sobre a guerrilha no Brasil’, dedicado à memória do comandante Che Guevara e publicado pelo Jornal do Brasil em setembro de 1968. Em fevereiro de 1968 funda o grupo armado Ação Libertadora Nacional – ALN. Em setembro de 1969, a ALN participa do sequestro do embaixador norte-americano Charles Elbrick, juntamente com o Movimento Revolucionário 8 de Outubro – MR-8.
Em 4 de novembro de 1969, Carlos Marighella foi assassinado a tiros por agentes do DOPS, em uma emboscada chefiada pelo delegado Sérgio Paranhos Fleury, na alameda Casa Branca, na capital paulista.
Sizan Luis