A cota total anual para a atividade parlamentar de um senador da região Norte do país é de R$ 514.262,40. No caso do nosso mandato, já foram gastos cerca de 310 mil Reais, em quase nove meses. O fato de ser um representante do Amapá faz com que os gastos relativos a passagens aéreas, aquáticas e terrestres onerem em muito o orçamento. Em julho, por exemplo, chegamos a comprar uma passagem aérea Brasília-Macapá por R$2.377,55, um único trecho, pela TAM. Esses gastos com passagens aéreas representam a grande fatia de quase 40% do total da verba indenizatória destinada ao meu mandato.
Há ainda as viagens para outros estados. Como autor da PEC 24, estive em diversas cidades para participar de audiências públicas e fóruns sobre o projeto. Em maio, por exemplo, participei de atividades em Salvador (BA), Foz do Iguaçu (RS) e Vitória (ES). Essas ainda incluem despesas de hospedagem, locomoção e alimentação. Também por ser o autor da Lei da Transparência, não são poucas as vezes em que saio em diligências para debater e defender sua aplicação em muitos cantos do Brasil.
Como bom gestor, procuro executar 100% do orçamento, nem mais nem menos, em atividades estritamente parlamentares. Nosso empenho está em racionalizar esses gastos. Não admitimos desperdícios e nem a utilização para atividades que não sejam do exercício do parlamentar. Procuro viajar sozinho sempre que posso. Claro que há situações em que não posso abrir mão de minha assessoria para me auxiliar. Tentamos comprar passagens com o máximo de antecedência, o que barateia em muito, mas quase nunca é possível.
Em Macapá, o meu escritório é de minha propriedade, o que elimina o gasto com aluguel. Para circular em Brasília, dispensei o carro oficial e o motorista – é mais econômico me locomover de taxi. Sou um homem simples, por origem, e coerente com a realidade da população brasileira, a qual represento, e nesse sentido eu e minha equipe buscamos praticar nossa atividade e aplicar a verba indenizatória com consciência. Dessa forma, conseguimos manter tanto o gabinete de Brasília quanto o escritório em Macapá em plena atividade, a todo o vapor.
Um mandato atuante, verdadeiramente representativo, com assessoria produtiva e escritório ativo no estado, prescinde de gastos. O debate em torno do valor desta verba indenizatória, se é muito alta, e sobre como os parlamentares utilizam sua verba é mais que legítimo – uma vez que não são poucas as notícias que dão conta que alguns parlamentares incorporam aos seus salários os recursos da verba sem utilizá-los como previsto no regimento. Por isso a transparência é fundamental.
O site Contas Abertas publicou nesta sexta-feira (6/9) a matéria “Senadores já receberam R$ 14,5 milhões em verba indenizatória”, onde nosso mandato é citado como o que já teve o maior ressarcimento. Nós explicamos o porquê. http://www.contasabertas.com.br/WebSite/Noticias/DetalheNoticias.aspx?Id=2045&AspxAutoDetectCookieSupport=1