O senador João Capiberibe participou nesta quinta-feira (6) da reunião do Conselho de Ética do Senado que analisou o recurso contra o arquivamento do pedido da cassação do mandato do senador Aécio Neves (PSDB-MG).
Após ler um trecho da gravação realizada entre o diretor da JBS Ricardo Saud com o primo do senador Aécio Neves, Frederico Pacheco de Medeiros, Capiberibe afirmou que ficou claro que houve uma transação criminosa e ilegal em nome de Aécio Neves. “No processo contra o senador há gravações, fotografias, há provas suficientes”.
“O julgamento no Conselho de Ética é político. A sociedade não acredita mais em nós senadores. A partir do momento que não damos sequência ao relatório do senador Randolfe, estamos desgastando o Senado Federal e aumentando a desqualificação da política. O que está em jogo é a imagem do Conselho de Ética e a imagem do Senado Federal. Arquivar esse processo é fechar os olhos, mas reitero que a sociedade não vai fazer o mesmo”, ressaltou Capiberibe.
Para o leitor entender, o presidente do Conselho, senador João Alberto Souza (PMDB-MA), arquivou representação por quebra de decoro parlamentar contra Aécio apresentada pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), por considerar que não havia provas suficientes e que o pedido era “improcedente”.
Após essa decisão, o senador João Capiberibe e outros parlamentares entraram com um recurso contra o arquivamento do pedido de cassação de Aécio Neves. Na ocasião, inclusive, o Capiberibe afirmou que a decisão do presidente do Conselho foi “uma medida autoritária”.
Foto: Rafael Nunes