Os senadores aprovaram na noite desta terça-feira (11) o texto principal da Reforma Trabalhista, foram 50 votos a favor, 26 contrários e uma abstenção. O senador João Capiberibe (PSB/AP) votou contra essa Reforma, que na sua opinião “não tem uma vírgula a favor do trabalhador, é uma reforma unilateral e recessiva”.
Capiberibe afirmou que o Congresso Nacional brincou com a democracia. “Na hora em que o Congresso foi incompetente, incapaz de conduzir os destinos políticos do País, foi uma brincadeira com a democracia e afundou definitivamente o Brasil na crise política. Essa reforma só agrada aos patrões. Tudo aquilo que o Governo faz é para agradar ao mercado e não a sociedade brasileira”.
“O Partido Socialista Brasileiro tomou uma posição clara, contrária a esta reforma, porque o PSB tem uma proposta de reforma, mas nesta Casa só se ouve aquilo que o Governo ilegítimo diz. Eu falei, um ano atrás nesta tribuna, que o processo de impeachment, o processo de confronto, a polarização política só nos levaria para o aprofundamento da crise”, destacou Capiberibe.
Capiberibe enfatizou, ainda, que o PSB não quer “a nossa digital impressa numa reforma que vai sacrificar o povo trabalhador. O Partido reuniu a sua executiva e decidiu fechar questão contrária à reforma. As mulheres vão pagar um preço maior do que os homens. Este País fica sem legislação trabalhista, se aprovarmos essa reforma”.
Trâmites – Após a aprovação do texto principal, os senadores seguiram com a votação das emendas apresentadas por parlamentares. Depois, é a vez da votação das emendas destacadas para votação em separado por partidos e blocos partidários.
Se algum destaque for aprovado e o texto modificado, ele volta para análise da Câmara dos Deputados. Se nenhum destaque passar e o texto não tiver mudanças, a reforma segue para sanção do presidente Temer.
Veja aqui a ínegra do discurso:
Foto: Rafael Nunes / Agência Senado