Depois do manifesto de Cristovam Buarque (PDT-DF), enviado aos colegas do Senado, agora foi a vez de João Capiberibe (PSB-AP), outro senador integrante de partido da base do governo, divulgar uma carta aberta na qual, sem citar nomes, defende reação da Casa à eleição do Renan Calheiros (PMDB-AL). Líder do PMDB no Senado, Renan já é considerado eleito, embora nem tenha oficializado sua candidatura.
Capiberibe diz que as últimas gestões do Congresso foram “atrasadas, equivocadas e [adotaram] práticas nada republicanas, que fizeram do Legislativo um poder desacreditado pela sociedade” e “desmoralizado” diante dos poderes Judiciário e Executivo. Afirma que o Legislativo está “apequenado” e precisando de “mudanças radicais”.
Para ele, enquanto na Câmara dos Deputados há candidatos que se lançaram contra a “mesmice” – representada, sem que o dissesse, pela eleição do líder do PMDB na Casa, Henrique Eduardo Alves (RN), nome escolhido pelo PMDB – no Senado os parlamentares estão “inertes, observando as manobras”.
“A inação pode conduzir a Casa às antigas práticas e desencontros”, afirmou, pregando a interferência dos senadores na sucessão de José Sarney (PMDB-AP). “O que devemos decidir é se aceitamos mais do mesmo, ou ao contrário, se pretendemos interferir na sucessão visando oxigenar o debate político, apoiando-se no significativo respaldo recebido dos cidadãos nas urnas.”
O senador do PSB, partido que na Câmara lançou o deputado Júlio Delgado (MG) na disputa pela presidência, critica o “jogo de cartas marcadas” e o fato de as presidências das duas Casas serem ocupadas por apenas dois partidos da base – PT e PMDB – desde o início do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Isso, para ele, impede a “oxigenação” do Poder Legislativo.
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Do Valor Econômico