Da Agência Amapá –
Com a chegada da banda larga por fibra ótica no Amapá, vários serviços públicos ganharam impulso no atendimento ao cidadão. Foi o caso da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Emergência de Macapá (HE), onde já está funcionando o projeto “Telemedicina no Apoio Diagnóstico e Terapêutico ao Doente Grave nas Emergências”.
Além dos cuidados médicos, os pacientes agora contam com mais um recurso para auxiliar no tratamento do seu quadro clínico. Uma câmera e um computador, instalados dentro da UTI, conectam profissionais de saúde do hospital amapaense aos médicos do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, unidade de referência na América Latina.
A interação em tempo real – em áudio e vídeo – permite a avaliação conjunta do diagnóstico e tratamento dos internados. O serviço foi viabilizado através de uma parceria da operadora de telefonia Oi com a empresa PT Inovação, dentro do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), do Ministério da Saúde.
“Sem uma conexão rápida de internet não seria possível essa comunicação com áudio e vídeo limpos sem delay [atraso de som]”, observou o médico Bruce David, chefe da UTI do HE, depois de falar com especialistas por teleconferência nesta quinta-feira, 20, direto da Unidade de Terapia Intensiva. Ele informou que esse contato é fundamental não só para os profissionais do Amapá, como também para os médicos paulistas.
Essa interação funciona como uma espécie de ‘investigação’ das patologias, as quais estão em constante avaliação”, explicou o médico, citando as doenças tropicais endêmicas, mais comuns na Região Norte e de pouca familiaridade dos profissionais do Albert Einstein. “A medicina se aprimora a cada dia. E ter esse contato direto com quem vive nesse ambiente de pesquisa contribui muito para melhorar o atendimento dos pacientes”, acrescentou o médico.
O diretor do Hospital de Emergências de Macapá, Regicláudio Silva, informou que o serviço de Telemedicina também gera outras vantagens além do acesso rápido a especialistas, tais como a redução do tempo e dos custos no atendimento de usuários do SUS e a dispensa do transporte dos internados.
A parceria do Ministério da Saúde com o Hospital Albert Einstein, para a transferência de tecnologia e experiências de gestão, iniciou como projeto-piloto em 2012. E além de Macapá, já contempla cidades como Manaus (AM), João Pessoa (PB) e Brasília de Minas (MG).
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