A remuneração dos trabalhadores do Amapá é uma das mais altas do Brasil, com salário médio de R$ 2,6 mil, ficando abaixo apenas do Distrito Federal e do Rio de Janeiro, e acima da média nacional, que é de pouco mais de R$ 2,2 mil. Os números são referentes a dezembro de 2013, da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), elaborada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), e divulgados essa semana.
Leia na íntegra matéria da Agência Amapá:
A coleta das informações encerrou em março deste ano. A Rais é um instrumento que serve para suprir às necessidades de controle da atividade trabalhista no País, além de fornecer dados para a elaboração de estatísticas do trabalho às entidades governamentais.
As informações mostram dados importantes e traçam as características sociais do emprego formal em todo o Brasil. Os números do Amapá apontam que as mulheres ganham salário maior que os homens.
Essa diferença se mantém desde a divulgação da Rais de dezembro de 2012. No entanto, o percentual da variação relativa de aumento salarial ocorre no gênero masculino, que cresceu 0,72 pontos percentuais nesse período, em 2013, contra 0,421 p.p em relação às mulheres.
No ranking da remuneração média por gênero, o Amapá fica atrás somente do Distrito Federal.
Números do emprego formal
O número de empregos formais no Amapá alcançou 126,7 mil contratações em dezembro de 2013, o que representa um crescimento de 3,07% em relação ao estoque de empregos em relação a dezembro de 2012. Esse total corresponde ao aumento de 3,8 mil postos de trabalho em relação ao mesmo mês do ano anterior, segundo a Rais.
De acordo os dados coletados, o comércio foi o setor que mais gerou empregos formais em dezembro de 2013, no total de 1.632 vagas em relação ao mesmo mês do ano anterior. Porém, foi na construção civil que houve o maior percentual na variação relativa das contratações: 14,99%, com saldo de 954 empregos gerados nesse mesmo período.
O setor de serviços também cresceu em dezembro de 2013 em relação ao mesmo mês do ano anterior, e gerou 1.261 novos postos de trabalho. Na administração pública, houve retração em dezembro de 2013, com 364 demissões.
Para o secretário da Secretaria de Estado do Planejamento, José Ramalho de Oliveira, esse número representa os cortes ocorridos na administração pública, seguindo exigência do Ministério Público Estadual, que obrigou o desligamento de mais de 600 servidores da Unidade Descentralizadora de Execução (UDE), subordinada à Secretaria de Estado da Educação. “A Justiça determinou o desligamento dos servidores, porque a legislação define que as funções que ocupavam só podiam ser preenchidas mediante de concurso público”, justificou.
De acordo com a Rais, a faixa etária mais absorvida pelo mercado de trabalho está entre a população de 40 a 49 anos, com saldo de pouco mais de 1,5 mil contratações, seguido pelas pessoas com idade entre 30 e 39 anos, com 1.076 contratos de trabalho formal. E o setor com a maior remuneração em dezembro de 2013 foi nas indústrias de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico, com média salarial de R$ 4.874,98. Isso corresponde a uma variação de 2,84% se comparado a dezembro de 2012