João Capiberibe (PSB) visitou, nesta terça-feira (14), a Feira do Produtor no bairro Buritizal. Capiberibe fundou a feira em sua gestão como secretário de agricultura do Estado, em 12 de novembro de 1985. Incialmente, ela funcionou em outros lugares da capital até, finalmente, se fixou no bairro do Buritizal, durante o seu primeiro mandato como governador do Amapá.
“Lembro que inaugurei a Feira em 1985, faz 32 anos, e esse prédio aqui foi fundado em 1988. A feira começou na frente da Rádio Difusora, depois passou pra trás da igreja de São José, após isso veio para o Buritizal ao lado da Igreja Sagrado Coração de Jesus e por último construí esse espaço que funciona a atual feira”, recorda João Capiberibe.
De acordo com o senador, a Feira proporcionou um acréscimo significativo para a economia do estado, pois vários feirantes, de diferentes municípios do Amapá, começaram a comercializar uma grande diversidade de produtos no local, gerando renda e melhorando a qualidade de vida de suas famílias.
Antônio dos Santos, feirante de 55 anos, do Laranjal do Jari, diz que, na gestão de Capiberibe, existiam muitos caminhões para auxiliar a logística dos feirantes. “Hoje as estradas não prestam, as pontes estão quebradas, não temos caminhões para ajudar os feirantes. Lá no Jari, todos são muito gratos ao governador que ele foi”, completa o feirante.
Condições precárias
A visita não serviu apenas para reencontrar velhos amigos, mas, também, para se ouvir denúncias e apelos dos feirantes que lá trabalham. As principais queixas dos trabalhadores são a falta de segurança e as condições lastimáveis do alojamento e do banheiro, que se encontra higienicamente inviável para a feira e seus frequentadores.
Para Maria Antônia, 59 anos, proprietária de uma lanchonete nas dependências da feira, a situação está muito difícil, não há mais segurança no seu local de trabalho. “Tenho que ficar presa na sexta, sábado e domingo, tendo que tomar conta, para não quebrarem mais o resto das coisas. Os computadores da administração já foram todos levados”, diz Antônia.
De fato, os alojamentos e o banheiro estão completamente abandonados. “A feira tá sobrevivendo graças a essas pessoas dedicadas que insistem em manter o local. O que acontece é que não tem governo. O Governo abandonou a Feira do Produtor, abandonou os produtores rurais, acabaram os programas que o Camilo tocou na agricultura como o Protaf, que financiava o agricultor familiar”, finaliza o senador.