O senador João Alberto Capiberibe recebeu no dia 27 de abril em seu gabinete o comandante do 4º Distrito Naval, vice-almirante Edervaldo Teixeira Filho. Na reunião, discutiram temas sobre a costa do Amapá, como petróleo, pesca predatória, tráfico e acidentes por escalpelamento. Na oportunidade, o comandante agradeceu ao senador e a deputada pelo empenho ao lutar pelas águas da Amazônia e também deixou a Marinha à disposição para somar esforços junto a esta bandeira.
De acordo com o comandante da marinha, no ano de 2017, houve apenas um (1) acidente por escalpelamento, graças à lei, de autoria da deputada Janete, conhecida como Lei Janete. A Lei 11.970/2009, de prevenção ao escalpelamento nos acidentes ribeirinhos, obriga a instalação de proteção no volante e no eixo dos motores dos barcos da Amazônia. O projeto de lei foi apresentado em 2007 a pedido das mulheres vítimas de escalpelamento e foi sancionada em 6 de julho de 2009, pelo presidente interino, José Alencar.
As campanhas de conscientização puxadas pelo mandato da deputada Janete e pela Associação das Mulheres Ribeirinhas Vítimas de Escalpelamento e a cobertura dos volantes e eixos feita pela Marinha do Brasil fizeram os acidentes chegar a zero no Amapá. A instalação da carenagem é uma ação permanente e pode ser feita na Capitania dos Portos do Amapá.
Escalpelamento
O acidente com escalpelamento na navegação ribeirinha acontece quando o cabelo enrosca no volante e no eixo dos motores estacionários adaptados aos barcos, arrancando parcial ou totalmente o couro cabeludo, da nuca e da testa, mutila e arranca orelhas e pálpebras. A maior incidência é na foz do Rio Amazonas. Crianças, adolescentes e jovens do sexo feminino, incumbidos de retirar a água do assoalho dos barcos ou quando apanham algum objeto que tenha caído, são a maioria das vítimas. Alguns homens também sofrem escalpelamento ou mutilações.