O senador João Capiberibe (PSB/AP) participou na manhã desta segunda-feira (19) da sessão especial do Senado em homenagem aos 260 anos da cidade de Macapá, capital do Estado do Amapá. A homenagem contou com a participação de cantores locais como Alan Gomes, Brenda Mello, Nena Silva e Val Milhomem.
Capiberibe, que foi prefeito de Macapá entre os anos de 1989 e 1993, afirmou em seu discurso que cresceu junto com a cidade. “Eu desembarquei em Macapá em 1955 e fui morar no hoje Perpétuo Socorro, que se chamava Igarapé das Mulheres. Eu cresci ali, estudei no Colégio Barão do Rio Branco, depois, no Colégio Amapaense, na Escola Normal. Devo tudo que sou à minha cidade”.
“Macapá é uma cidade fascinante, de um povo alegre. Fui prefeito da cidade e para organizá-la, tivemos que cumprir rigorosamente a legislação urbana e tive de distribuir multa. Evidentemente que isso terminou contribuindo enormemente para o ordenamento urbano, e criamos ali um plano diretor integrado com a população. Essa iniciativa me projetou e levou ao governo do Estado, em 1994. Fui reeleito em 1998, depois, senador, em 2002 e 2010, graças, evidentemente, ao conjunto do Estado, mas, particularmente, à cidade de Macapá. Eu devo muito a essa cidade”, destacou o parlamentar socialista.
Capiberibe lembrou de importantes obras do seu governo, como a restauração da Fortaleza de Macapá e também a urbanização do entorno, além do Trapiche Eliezer Levy, que virou um ponto turístico. “A cidade não podia ficar sem o Trapiche, até porque a cara da cidade de Macapá é o Trapiche, a Fortaleza e a Pedra do Guindaste, com São José protegendo a cidade. Essa é a cara de Macapá vista do rio e o rio é na verdade o fascínio da cidade”, afirmou.
O Museu Sacaca não ficou de fora da lembrança do senador. “ Fizemos o Museu Sacaca, um exemplo de desenvolvimento sustentável, que reproduzisse a vida amazônica e aproximasse o cidadão urbano da realidade, da história e da cultura do povo do nosso Estado e da Região Amazônica”.
Sambódromo e Cultura Negra – Capiberibe ressaltou também que em 1997 construiu a Escola de Artes Populares e o Sambódromo, que, além de uma escola de artes, servia também como palco para o carnaval. “Depois veio o Centro de Cultura Negra para valorizar os nossos ancestrais que atravessaram o Atlântico para viver no nosso Estado e também o Curiaú”.
O senador também lembrou que Macapá é a capital do platô das Guianas. “Nós estamos ali inseridos num contexto muito especial, que é a nossa vizinhança com a Guiana Francesa, com o Suriname e a República da Guiana. Isso é muito importante para a construção de uma integração econômica, social e cultural.”