Nessa sexta-feira, 30, as frentes das garagens das empresas de ônibus de transporte urbano de Macapá amanheceram ocupadas por militantes de vários sindicatos de trabalhadores. Foi o primeiro ato do dia de Greve Geral contra as reformas trabalhistas, previdenciária e por eleições diretas para presidente da República.
Após essas ocupações, uma caminhada liderada pelas centrais sindicais saiu do bairro Boné Azul até a Praça da Bandeira paralisando o trânsito em todo o seu percurso.
Da Praça da Bandeira, as centrais se juntaram a militantes de partidos políticos e fizeram uma caminhada pelo centro comercial de Macapá até a Praça do Barão, onde ocorreu o lançamento da campanha Diretas Já!.
O senador João Capiberibe, que nacionalmente coordena a Frente Parlamentar Suprapartidária pelas Diretas Já!, disse que o objetivo é unificar o país em prol das eleições diretas.
“Pela primeira vez temos um presidente sendo acusado por crime de corrupção, cujo mandato é ilegítimo. Temos um parlamento comprometido com os grandes empresários. Então precisamos ir para a rua exigir nossos direitos impedir que o cidadão seja ainda mais penalizado”, comentou o senador, afirmando que a eleição é o caminho mais sensato.
Capiberibe ainda destacou que o apoio das centrais sindicais e dos movimentos sociais estão sendo fundamentais na luta pelas eleições diretas.
“Temos que paralisar as reformas porque elas apenas massacram o trabalhador. Querem descontar a incompetência na costa do trabalhador”, argumentou o senador.
A deputada federal Janete disse que está ao lado dos trabalhadores de todo Brasil que estão sendo prejudicados pelo governo de Michel Temer. “Ele está protegido porque tem fórum privilegiado, mas, do Oiapoque ao Chuí, o povo está mobilizado e a sociedade precisa pressionar o parlamento para não votar contra o povo”, conclamou Janete.
A deputada federal Marcivânia, que junto com Janete foram as únicas a votar contra as reformas, disse que os deputados têm por obrigação autorizar que o presidente Temer seja investigado. “Ele não pode se esconder no cargo de presidente. A sociedade quer Temer fora do governo e eleições diretas já”.
O movimento pelas Diretas Já! é formado por cinco partidos: PSB, PSOL, PT, PDT e PCdoB, além da CUT, CTB, sindicatos, artistas e outras personalidades.