O senador Capiberibe falou na tribuna do plenário na tarde desta terça-feira (14) sobre o parcelamento de salários dos professores e de todos os servidores públicos do Estado do Amapá. “ Há um ano, o governador Antônio Waldez Góes, começou a parcelar salários e criou uma instabilidade enorme na categoria. O mesmo governador, que aumentou o próprio salário no início do mandato, há dois anos, deixou de cumprir uma obrigação básica com os servidores: atribuir-lhes a reposição salarial”.
Diante desse cenário, os professores do Estado e os municipais anunciaram que vão aderir à greve nacional dos professores contra a reforma da previdência, que ocorre entre 15 e 18 de março. “Sou contrário à reforma da previdência nos termos em que o Governo mandou ao Congresso Nacional. A reforma tramita na Câmara dos Deputados. É uma reforma que propõe praticamente eliminar todos os direitos constitucionais garantidos pela sociedade brasileira, reduzindo à extrema pobreza, principalmente, os mais velhos”, explicou Capiberibe.
E continuou: “Portanto, nós somos solidários aos professores na greve nacional e somos solidários e apoiamos a greve dos professores do Amapá, tanto do Estado como os professores municipais”.
Capiberibe acredita na necessidade de uma nova proposta que possa resolver os problemas que virão com a previdência. “Sabemos que a população brasileira está envelhecendo – daqui a pouco nós teremos mais idosos do que gente no mercado de trabalho – e que é preciso adequar à previdência, mas essa proposta que está aí realmente é uma proposta radical, uma proposta do mercado que vai fazer com que a previdência seja privatizada.
CPI da Previdência – Para o senador, a CPI da Previdência tem um papel muito importante, que é o de informar qual é a real situação da previdência no nosso País. “O que nós sabemos é que há dois cálculos: um, que diz que é deficitária, que tem rombo, e outro, que diz que tem superávit. Se contabilizarmos, se os governos deste País fossem cumprir rigorosamente o que está na Constituição e destinassem a cobrir as despesas da previdência, todos os recursos previstos constitucionalmente, não haveria rombo da previdência. Haveria superávit”.
“Apoio a CPI da Previdência que tem a finalidade de levantar todas as informações e esclarecer a sociedade brasileira, para que tomemos a melhor decisão sobre um tema que não é para agora. Quando a gente faz uma reformulação ou uma adequação da Previdência, é para daqui a 20, 30 anos. Precisamos ter tempo e informações precisas sobre a situação real da Previdência que hoje é uma caixinha preta, uma caixa de segredo”.
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Foto: Jefferson Rudy / Agência Senado