O mandato do senador Capi tomou conhecimento de que a repórter Karinny de Magalhães, do Midia Ninja, ao transmitir ao vivo um protesto popular, em Belo Horizonte (MG), sofreu uma série de arbitrariedades por parte da Polícia Militar, na tarde do dia 12 de junho.
As denúncias dão conta de que a repórter, cumprindo sua função jornalística de cobrir manifestações referentes à Copa do Mundo,após ser abordada e ter seu material de registro violado, foi mantida por mais de uma hora no interior de uma viatura, depois conduzida em sigilo para um quartel, onde teria sido agredida por cinco policiais. Em seguida foi levada até a 6ª Delegacia Regional de Policia Civil –Noroeste, onde passou a noite, prestou depoimento e realizou o exame de corpo delito.
De acordo com o vídeo [link a seguir] divulgado pelas redes sociais do Midia Ninja é possível constatar a forma inadequada, para dizer o mínimo, que a repórter foi abordada pelos policiais, bem como é possível ouvir os xingamentos a ela proferidos por esse agentes ditos da lei. http://ninj.as/i27jl
Lembramos que o papel do Estado não é competir na capacidade de ser mais violento que qualquer manifestação que venha da cidadania – embora nem fosse o caso. Acima de tudo, o Estado tem a obrigação de cumprir leis. A polícia tem a função constitucional de garantir a democracia. Uma ação como essa é inadmissível e deslegitima não só a corporação, mas toda uma política de segurança.
É preciso que a atuação policial deixe de ser orientada pelo “paradigma militarista” de que o manifestante ou coletivos portadores de determinadas identidades – como no caso a Midia Ninja – é o inimigo a ser controlado e até mesmo combatido, e não sujeito portador de direitos que devem ser garantidos – o que é inconstitucional e antidemocrático.
Nesse sentido, o senador João Capiberibe está oficiando a Secretaria de Defesa Social de Minas Gerais para obter informações e indagar que medidas serão tomadas para punir arbitrariedades cometidas.
Foto de Samuel Costa(retirada do Facebook do Midia Ninja)