Na manhã desta quarta-feira (19/3), o senador João Capiberibe (PSB-AP) recebeu representantes da Petrobras em seu gabinete. Eles vieram esclarecer a presença de 25 balsas da empresa na bacia dos rios Tapauá e Cuniuá. O tema havia pautado o pronunciamento do senador em plenário na semana passada, que questionou a presença de dessas balsas com equipamentos de prospecção mineral nas proximidades da Terra Indígena Manissuã, de acordo com denúncias recebidas.
Marques Cavalcante, José Eduardo Barrocas, Mauro Marques (gerentes responsáveis pelas unidades operacionais na Amazônia) e Ivani Aguião Arlindo (Coordenadora de Relacionamento com o Senado) alegaram que não há atividade exploratória ocorrendo na área do rio Tapauá, sendo ela apenas rota de passagem de balsas para a área onde a empresa mantém suas atividades de perfuração do poço terrestre, na unidade de Urucu, há 400 km das terras indígenas, sem que haja possibilidade de impactá-los.
Para o senador Capi, ainda que tramitar pelo rio como via de acesso seja regular, a empresa deveria adotar como norma a comunicação com antecedência da passagem dessas balsas à comunidade indígena local. “Quando temos de passar dentro da propriedade de alguém, seja quem for, é nossa a obrigação de comunicar aos proprietários. Não gostaria que ninguém passasse pelo quintal de minha casa sem me avisar, ainda que haja um amparo para essa passagem. Não é educado. A Petrobras precisa adotar essa medida”, enfatizou o senador.
Os representantes da Petrobras concordaram que a falta de comunicação gerou temor na comunidade que a empresa deverá a partir de agora anunciar suas passagens no entorno das terras indígenas. E convidaram o senador a visitar a base de Urucu.
Durante o encontro o senador Capi também enfatizou a importância em investir em fontes de energia “limpas” como a eólica e solar.