O senador Capi presidiu na manhã desta quinta-feira (31/10) a Audiência pública sobre educação inclusiva, pela Comissão de Direitos Humanos do Senado. O debate se deu em torno das políticas públicas que visam à inclusão de pessoas com deficiência no sistema de ensino, bem como o combate ao preconceito de qualquer espécie no ambiente escolar.
Ao final da reunião, João Capiberibe, vice presidente da CDH, encaminhou reivindicação ao Ministro Aloizio Mercadante, da Educação, para que as escolas públicas do país adotem a utilização do aplicativo para tablet Livox (Liberdade em Voz Alta) como equipamento de apoio à comunicação de pessoas com deficiências físicas.
Participaram da audiência Macaé Maria Evaristo dos Santos, secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação; Aracy Maria da Silva Ledo, presidente da Federação Nacional das Apaes; Claudia Grabois, coordenadora do Fórum Nacional de Educação Inclusiva; Martinha Clarete Dutra dos Santos, mestre em Educação, especialista em Educação Especial e diretora de Políticas de Educação Superior Especial do MEC; e Carlos Edmar Pereira analista de sistemas, criador do Livox.
Leia matéria da Agência Senado:
Aplicativo de voz poderá ser usado nas escolas públicas para atender alunos com deficiência
O aplicativo para tablet Livox (Liberdade em Voz Alta) poderá ser usado como equipamento de apoio à comunicação de pessoas com deficiências físicas, motoras ou cognitivas nas escolas públicas do país. A reivindicação foi encaminhada ao ministro da Educação, Aloizio Mercadante, pelo vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), senador João Capiberibe (PSB-AP), nesta quinta-feira (31), ao final de audiência pública sobre políticas de inclusão e combate ao preconceito no ambiente escolar.
O Livox foi desenvolvido pelo analista de sistemas Carlos Edmar Pereira para permitir a comunicação com sua filha, Clara, de 6 anos, que tem paralisia cerebral decorrente de erro médico no parto. Segundo revelou, ela é um dos 15 milhões de brasileiros que não falam. Foi para essa parcela da população – e também para pessoas privadas da comunicação oral por problemas de saúde (câncer, derrame) – que o software surgiu como uma nova perspectiva de comunicação alternativa.
– Estou dando voz não só a minha filha. É uma chance de quebrar a barreira do silêncio, visando uma vida mais feliz para milhares de pessoas com deficiência – comentou Pereira, realçando as realizações buscadas por quem usa o sistema: “alegre-me, simplifique a minha vida, faça eu me sentir capaz”.
Funcionamento
O aplicativo é ativado com o toque na tela do tablet sobre cerca de 14 mil figuras. Como algumas deficiências motoras impedem um toque preciso, o Livox dispõe de um recurso que corrige eventuais excessos e, assim, decodifica a real intenção do usuário. Também é possível redigir frases, narradas em sequência pelo equipamento.
Produzido com tecnologia 100% brasileira, o Livox pode não só ser customizado conforme as características e necessidades do usuário, como também ser traduzido em 25 idiomas. Uma das novas versões em desenvolvimento, segundo adiantou Carlos Pereira, é o Livox Capta, acionado a partir do movimento dos olhos.
[Da Agência Senado]