Os anos 2.000 foram se passando e a credibilidade do Amapá foi se esvaindo por conta da má gestão e do desvio de vultosas somas dos cofres públicos até chegar ao fundo poço, em setembro de 2010, com a Operação Mãos Limpas, da Polícia Federal. Mais de uma dezena de autoridades, entre elas, um ex-governador e o seu sucessor, foram presas.
Em resposta aos desmandos, o eleitorado do Amapá decidiu tirá-los definitivamente do poder estadual pelo voto elegendo para o governo do Estado o jovem Camilo Capiberibe.
Infelizmente, é necessário citar esses lamentáveis episódios que infelicitaram o Amapá por oito anos para que possamos entender o atual momento.
Para recuperar a credibilidade, a confiança, a dignidade e o orgulho de ser amapaense, o governador Camilo trabalhou durante dois anos com austeridade e resignação.
Porém, vale lembrar que as mudanças não acontecem sem traumas!
Para reconquistar a confiança junto às autoridades da União, o governador Camilo teve que arrumar a casa contrariando interesses, utilizando a arma a seu alcance: a austeridade.
Uma luta díficil.
Foi preciso vencer centenas de prestações de contas inadimplentes deixadas por aqueles que ocuparam o governo por oito anos e pela desconfiança que esse fato gerou nas autoridades federais.
Agora, o governador atravessa uma fase em que os beneficiados por sua ação ainda não entenderam o momento presente e aqueles que tiveram seus interesses contrariados estão irados. Irados por que não mais podem se locupletar do erário público.
A austeridade venceu a desconfiança.
A prova disso é a liberação de R$ 2,8 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao Amapá, a título de empréstimo. O valor total do empréstimo é igual ao montante que a Agência Nacional de Petróleo (ANP) arrecadou no último leilão de petróleo e gás.
O financiamento do BNDES vai alçar o Estado a uma melhor condição econômica e desenvolvimentista de sua história. A credibilidade, a confiança, a dignidade e o orgulho de ser amapaense foram recuperados pelo governador Camilo. É a devolução ao povo do Amapá do dinheiro que foi desviado dos cofres públicos.
A autoestima do amapaense está em alta e vai crescer com a aplicação desses recursos em obras de médio e grande porte: infraestrutura rodoviária, educação, saúde, energia, segurança pública, saneamento básico, habitação, cultura, assistência social e erradicação da pobreza.
Os recursos liberados pelo governo da presidente Dilma Rousseff representam o resgate da credibilidade do Amapá perante a Nação.
É o maior volume de recursos já emprestado a uma unidade da Federação, fato que demonstra o respeito e o respaldo que o Governo do Amapá, antes desacreditado, reconquistou junto à União.
Dobramos mais uma página triste da nossa história. Voltamos a ter orgulho de ser amapaense.