A crise dos combustíveis no Amapá completou nesta quinta-feira (18), o seu décimo primeiro dia. A falta do produto nos postos de Macapá, que a cada dia causa mais transtornos aos donos de veículos, também já começa a atingir outros municípios como: Santana, Oiapoque e Serra do Navio, segundo informações dos cidadãos destas localidades. Na capital amapaense, onde as distribuidoras da Petrobras e Ipiranga já despejaram mais de 1,5 milhão de combustíveis nos últimos dois dias, os poucos postos que receberam o produto, já tiveram o seu estoque zerado e agora continuam à espera de reabastecimento.
Para os cidadãos macapaenses que conseguiram adquirir o combustível, a espera nas filas dos postos durou de 17 horas a 20 horas. O desabastecimento em Macapá é visível, com enormes fileiras de veículos em postos das empresas Ipiranga e Petrobras, no trajeto do Centro a Zona Norte da cidade, nas ruas General Rondon (Bairro Central), Guanabara (Bairro Pacoval), Vereador José Adilson Pinto Pereira (Bairro São Lázaro), Tancredo Neves (Bairro Jardim I), Vereador Júlio Pereira (Bairro Jardim II) até a Rodovia do Curiaú.
No Eco Posto Jardim II da Petrobras, a espera pelo produto já rende uma fila de veículos que dá volta no quarteirão. A falta já atinge também a economia local com as pessoas impedidas de realizarem as suas atividades comerciais e rotineiras.
Ações
A crise do desabastecimento do Amapá já impulsionou ações políticas e institucionais para que as razões sejam diagnosticadas, amenizadas e resolvidas. Politicamente, o senador João Capiberibe (PSB) acionou em Brasília-DF, diretores da Agência Nacional do Petróleo (ANP), e das distribuidoras Ipiranga e Petrobras.
A situação de calamidade no Estado também foi destaque no plenário do Senado com pronunciamento do parlamentar, destacando o descaso das instituições federais e governamentais com a região amazônica. No caso do Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público Estadual (MPE) e Procon, as ações foram no sentido de inibir abusos como alta de preço e no ordenamento do abastecimento nos postos, definindo quantidade e recomendando a não utilização de “carotes” para armazenamento do produto.
Rodrigo Juarez